Há dois acontecimentos importantes, simultâneos: a Conferência da ONU para a Mudança Climática, em Copenhague, e a Conferência Nacional de Comunicação, em Brasília. É interessante observar como cada um entra na pauta da mídia nacional.
O evento de Copenhague, desde ontem, tem sido realçado em telejornais e nos jornalões de circulação nacional, notadamente os de São Paulo. A chegada do governador desse estado à Conferência foi tratada como se fosse mais importante do que a atuação dos ministros brasileiros que lá estão. Deu chamada de primeira página na Folha de São Paulo e mereceu destaque no Jornal Nacional de ontem. Não faltou sequer o registro do encontro do "governador do estado mais rico do Brasil" com o "governador do estado mais rico dos Estados Unidos", Arnold Schwarzenegger.
De tudo o que foi registrado, talvez tenha sido esse o encontro mais pitoresco, porque todos se esqueceram de dizer que ambos estavam em um evento secundário da Conferência e, o mais importante, que o "José Sierra" (segundo "Schwarzy"), não tinha delegação de quem quer que fosse para falar em nome do Brasil. Tanto que, logo depois desse evento secundário, começou a reunião "de alto nível" (segundo o JN), na qual estavam os ministros Carlos Minc e Dilma Roussef. Sintomaticamente, o que mais se explorou no noticiário foi o forjado desentendimento entre ambos. Forjado porque houve edição das entrevistas para inverter as falas dos dois, dando a impressão de que eles se desentendiam, quando, na verdade, estavam bem sintonizados. Hoje, a chegada de Lula a Copenhague - saudado, sempre, como grande estadista pela imprensa estrangeira - mudou o tom da cobertura e deixou a mídia brasileira menos à vontade para manipular tão grosseiramente a cobertura.
Enquanto isso, do lado de cá do Atlântico, cobertura capenga da CONFECOM. É quase como se o evento, que reúne mais de 1.600 delegados em Brasília, não existisse. Destaque para o que ocorre lá dentro, só nos blogs. E todos eles dão notícia de que há confronto aberto, para aprovação das propostas, entre os segmentos da "sociedade civil" e "empresarial". Como cada um deles tem 40% dos votos e o segmento "governo" tem 20%, esperemos saber para qual lado penderá o fiel da balança. Torcendo para que sejam aprovadas propostas que abram a possibilidade de os órgãos de imprensa manipuladores da informação poderem ser cobrados, dentro de um marco regulatório bem definido, a assumir a responsabilidade pelas manipulações e distorções das notícias.
Pergunte aos jornalistas desses veículos por que a cobertura de cada Conferência é tão diferente. A resposta que você ouvirá está no título deste texto.
O evento de Copenhague, desde ontem, tem sido realçado em telejornais e nos jornalões de circulação nacional, notadamente os de São Paulo. A chegada do governador desse estado à Conferência foi tratada como se fosse mais importante do que a atuação dos ministros brasileiros que lá estão. Deu chamada de primeira página na Folha de São Paulo e mereceu destaque no Jornal Nacional de ontem. Não faltou sequer o registro do encontro do "governador do estado mais rico do Brasil" com o "governador do estado mais rico dos Estados Unidos", Arnold Schwarzenegger.
De tudo o que foi registrado, talvez tenha sido esse o encontro mais pitoresco, porque todos se esqueceram de dizer que ambos estavam em um evento secundário da Conferência e, o mais importante, que o "José Sierra" (segundo "Schwarzy"), não tinha delegação de quem quer que fosse para falar em nome do Brasil. Tanto que, logo depois desse evento secundário, começou a reunião "de alto nível" (segundo o JN), na qual estavam os ministros Carlos Minc e Dilma Roussef. Sintomaticamente, o que mais se explorou no noticiário foi o forjado desentendimento entre ambos. Forjado porque houve edição das entrevistas para inverter as falas dos dois, dando a impressão de que eles se desentendiam, quando, na verdade, estavam bem sintonizados. Hoje, a chegada de Lula a Copenhague - saudado, sempre, como grande estadista pela imprensa estrangeira - mudou o tom da cobertura e deixou a mídia brasileira menos à vontade para manipular tão grosseiramente a cobertura.
Enquanto isso, do lado de cá do Atlântico, cobertura capenga da CONFECOM. É quase como se o evento, que reúne mais de 1.600 delegados em Brasília, não existisse. Destaque para o que ocorre lá dentro, só nos blogs. E todos eles dão notícia de que há confronto aberto, para aprovação das propostas, entre os segmentos da "sociedade civil" e "empresarial". Como cada um deles tem 40% dos votos e o segmento "governo" tem 20%, esperemos saber para qual lado penderá o fiel da balança. Torcendo para que sejam aprovadas propostas que abram a possibilidade de os órgãos de imprensa manipuladores da informação poderem ser cobrados, dentro de um marco regulatório bem definido, a assumir a responsabilidade pelas manipulações e distorções das notícias.
Pergunte aos jornalistas desses veículos por que a cobertura de cada Conferência é tão diferente. A resposta que você ouvirá está no título deste texto.
Um comentário:
Valeu Bel,essa é a minha irmã!!!!!Hehehehehehehehehe
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