O governador do DF em exercício, Paulo Octávio, acaba de anunciar sua renúncia ao cargo, conforme previ aqui em post anterior. Absolutamente previsível, depois que se avolumaram as denúncias contra Arruda e seu vice, com a investigação do esquema de propina para a concessão de lotes do programa de industrialização do DF, o Pró-DF - gerenciado pela secretaria de responsabilidade de Paulo Octávio.
"Gerenciado" é eufemismo para o tipo de gestão que se instalou aqui durante a administração do DEM. Corre nas rodas de conversas que existe até tabela de preços, diferenciados para cada tipo de lote, conforme a localização. Não se trata do preço do lote, não... Trata-se do preço da propina a ser paga pela concessão!
É bom lembrar que, se for mesmo puxado o fio das concessões de lotes do Pró-DF, muita "gente boa" vai ser obrigada a se colocar "de costas para a parede". Já ouviram falar de um certo IDP - Instituto Brasiliense de Direito Público? Pois é, encontra-se em área nobre de Brasília. Sabe quem são os donos? Já viu quem são os professores que dão cursos nessa instituição? Sabia que o lote para sua construção foi concedido pelo Pró-DF? Pois é...
Os que defendem a intervenção federal no governo do GDF o fazem porque sabem que a corrupção quadrilheira está tão, mas tão enraizada em todas as instâncias e instituições, que não há como acreditar na superação do colapso institucional, por obra e graça da Câmara Legislativa, das polícias e dos políticos locais. Impossível.
Agora, pela Lei Orgânica do DF, o cargo vago tem de ser ocupado pelo presidente da Câmara Legislativa, Wilson Lima. Você o conhece? Quando conhecê-lo, não se espante. É o típico subproduto da cultura política local, patrocinada pela "vanguarda do atraso".
Aguardemos, pois.
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