Leio por aí que a logomarca da Copa do Mundo de Futebol de 2014, que acontecerá no Brasil, "vazou" na internet logo depois de aprovada pela FIFA. O júri que escolheu o trabalho "artístico" foi formado por ninguém mais ninguém menos que os luminares Paulo Coelho, Gisele Bündchen, Ivete Sangalo e Hans Donner. Vejam a "belezura":
Liiiiiinnnnda, não? Quem sou eu para criticar tão complexa obra de (m)AR(k)T(ing)E, escolhida por júri tão especializado, de forma tão democrática e transparente? Pobre Jules Rimet, que sufoco!
Por falar em Copa do Mundo, canalizo com força total para a seleção canarinho na África do Sul todas as minhas energias positivas. Chego a ficar em posição de lótus, murmurando um mantra que tem o poder supersupramegametafísico de estabelecer uma ponte mística sobre o oceano Atlântico, transportando toda a energia que sou capaz de catalisar no meu poderosíssimo cérebro de torcedora. Porque a seleção brasileira vai precisar muito disso, vocês não acham? Espero ardentemente que o Sr. Carlos Caetano, também conhecido como Dunga (valeu, Clélia!), bote os meninos para jogar e não para praticarem aquela estratégia que nos garante paz mas não vitória, tão sua conhecida: a retranca. Coragem, Dunga!!!
Há períodos em que acho que este blog está ficando sisudo demais. É que, para mim, escrever é exercer a crítica. De crítica em crítica, a gente vai passando idéia de que só sabe ver a realidade com overdose de negativismo, de que nada está certo no mundo. O leitor vai sentindo um peso, inicialmente indefinido, mas aos poucos mais palpável. É o peso do mundo, o peso das coisas fora do lugar, do desequilíbrio, da desigualdade.
Juro que tento escrever com leveza, humor e ironia fina. Tento mesmo. Mas a realidade me esbofeteia, joga na minha cara imagens duras e cruas, que inicialmente me deixam perplexa, em seguida me entristecem, mas logo depois despertam minha indignação, motor que move minha pena (lindo isso, não? hoje é o teclado...) para continuar expressando a relação que mantenho com isso que alguns chamam de "realidade", mas que, para Slavoj Zizek, filósofo esloveno, é o "deserto do real".
Pois então. Continuarei escrevendo minha tentativa de crítica aqui neste espaço. Não padeço daquele clássico mal que aflige alguns escritores e que os faz começar um texto com a clássica frase: "Por muito tempo olhei para a tela em branco, a exigir de mim que a preenchesse com palavras, mas não conseguia pensar em nada sobre o que escrever." Tenho sobre o que falar e farei aqui uma pequena lista:
1) o PIB do Brasil circula sobre pneus;
2) Israel pratica genocídio?
3) a educação em Minas Gerais não melhorou nos últimos 10 anos;
4) a quadrilha que domina Brasília continua em liberdade e agindo para eleger o próximo governador;
5) o que eu diria a Marina Silva se a encontrasse na feira?
6) diálogos com duas meninas amorosas;
7) o fim da velha mídia no Brasil;
8) como está o Acre, hoje?
9) eu queria ser amiga do Chico Buarque;
10) ai, que saudade da comidinha da mamãe!
Taí, leitor/leitora! Nas próximas semanas tentarei escrever sobre os assuntos listados acima, não necessariamente naquela ordem. Enquanto isso não ocorre, você pode ler também minha colaboração no blog 50 anos depois da pílula. É só esta semana.
Até mais!
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