sábado, 12 de setembro de 2009

Um passeio emocionante

Hoje, sabadão, dia do aniversário de D. Izabel, fomos com Natália fazer um passeio com bastante adrenalina. Para vocês terem uma idéia do que virá por aqui, vejam a primeira foto:



YESSSSSS!!!!! Fizemos um voo de helicótero sobre a Super Pit, que é como eles chamam a mina de ouro aqui. A juventude do piloto e a "lataria" de plástico do helicótero nos fizeram sentir um frio na barriga. Mas já estávamos lá, com os tickets pagos, e o jeito foi entrar naquela coisa frágil:


E lá vamos nós, para o voo panorâmico. A mina é enorme! Lá dentro, aqueles caminhões enormes ficam parecendo de brinquedo. A extração não para, é dia e noite, sem folga no fim de semana. Vejam algumas fotos:


De um lado a cidade, de outro a mineração



Vejam o tamanho do buraco!...

E a altura que a gente estava era uma loucura! Mas, estranhamente, não sentimos medo. Havia muito o que ver e nem sentimos o tempo passar.

(Bel falando) Medo eu senti foi no passeio seguinte, mas isso é história para amanhã. Aguardem.

Monumentos de Kalgoorlie

A gente estava meio incomodado com o fato de Kalgoorlie não ter monumentos. Afinal a cidade foi fundada enm 1896, por um tal de Hannan, que encontrou o primeiro ouro por aqui. Achamos uma estátua-fonte em homenagem a ele:



Continuando a caminhada, deparamos com outra fonte, que conta a triste história da vida de Santa Bárbara, em pequenos quadros que circulam o espelho d´água:



Por fim, um monumento meio estranho, para comemorar o festival anual da produção de lã:



Bom, até agora conseguimos localizar quatro monumentos/estátuas na cidade. Nada daquelas homenagens aos poderosos do pedaço, nada de vultos históricos grandiosos, nada de culto a personalidades. Vocês viram: um garimpeiro (que aqui eles chamam de "prospector"), uma pastora e... um carneiro!!!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Cadê o povo nas ruas de Kalgoorlie?...

Tem razão o Alexandre, quando pergunta cadê o povo na rua. A One também notou essa ausência. Inexplicável? Não.

Segundo a Natália, em Kalgoorlie todo mundo tem carro, mesmo a cidade sendo plana, ideal para andar de bicicleta. Então, a maioria da população anda de carro. E tem preferência por carrões, daqueles tipo SUV, sabem? Muitos deles pregam adesivos com motivos rurais (par de chifres de boi, daqueles bem grandes, por exemplo). O interessante é que aqui não é uma cidade de atividade de produção rural, mas é essa a cultura que prevalece. Então, com exceção das pessoas que circulam na rua principal da cidade, a maioria branca de olhos azuis, só vimos na rua alguns aborígenes - esses não tem carro. Apenas um ou outro passa dirigindo um carro.

Quanto a treinar nosso inglês, estamos tentando. A característica mais marcante das pessoas aqui é o modo de falar (mais do que sotaque diferente), porque há uma tendência a reduzir as palavras. Por exemplo, "vegetables" is "vegis", "veterinary" is "vet". "Don't worry" is " no worry".

Mas há também o sotaque: o habitante daqui falando inglês é comparável ao nosso goiano ou mineiro falando português. Além disso, as pessoas aqui não são de muita conversa. No supermercado, por exemplo, a gente nota que as mulheres, principalmente, estão curiosas para saber de onde somos, mas mantém a discrição, ninguém pergunta nada. E nós falamos português, daquele jeito que nos é peculiar, só para deixá-las mais curiosas.

Hoje não saímos de casa, porque está ventando muito forte. Mas é um vento danado, daquele que levanta tudo que é folha seca e poeira do chão, enche os olhos da gente de pó. Roupa no varal fica toda suja num instante! Aí resolvemos ficar em casa, cozinhamos, lemos jornal e vimos TV, esperando a Natália voltar do trabalho. Daqui a pouco faremos o lanche com ela.

Detalhe: aqui são 15h45 do dia 10 de setembro. Deixamos a data no blogue sem atualizar para vocês verem o quanto é grande a diferença. Enquanto escrevemos estas linhas vocês estão no melhor do sono!

Para não perder o hábito, aí vão mais algumas fotos da cidade:


Esta é a rua principal da vizinha Boulder


Tchuca e Gilson não se entendem sobre o rumo a tomar

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Mais um dia de andança...

Agora são 18h45 do dia 9 de setembro.

Hoje andamos para outro lado da cidade e descobrimos algumas ruas tranquilas, com prédios interessantes. Neste funciona um restaurante:



Tem igrejas:

Tem também ONGs para tudo: uma para salvar os coalas da extinção, outra para salvar o demônio da Tasmânia, outra para preservar a cultura dos aborígenes (engraçado, não se fala em salvá-los da extinção...), para salvar o ornitorrinco (êta bichinho feio, gente!) e até para reciclar roupas, vejam só:



Kalgoorlie quase não possui monumentos e estátuas. Até hoje vimos apenas duas: uma do fundador da cidade, que descobriu ouro aqui em 1896, e outra em homenagem aos australianos que lutaram na Primeira e na Segunda Grandes Guerras. Vejam esta, que fica em frente à estação de trem:

À tarde, Tchuca saiu mais cedo do trabalho e fomos com ela conhecer Boulder, cidade colada a Kalgoorlie - tanto que o nome oficial é Kalgoorlie-Boulder. Na rua principal de lá tem lojas de antiguidades, pubs e restaurantes.

Parece uma cidade mais pobre que Kalgoorlie. Vejam a foto que tiramos lá:



Tem mais fotos de hoje. Mais tarde volto e faço outro post. Agora é a pausa para o banho, o lanchinho e um pouco de TV (em inglês, haja ouvido!)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Explorando a vizinhança...

Saímos cedo: 8 horas. A gente ainda está acordando cedo, meio sem querer. É o fuso.

Hoje andamos pela Wilson Street e nos surpreendemos ao descobrir, perto da casa da Tchuca, um parque que é uma gracinha. Detalhe: em Kalgoorlie só tem grama sintética!



Outro detalhe: há muitos eucaliptos na arborização da cidade. Também há muitos pássaros, pequenos e grandes: corvos e outros que não conhecemos. No parque, havia um bando de papagaios brancos, como esses:



Perto desse parque há uma universidade tecnológica pública, com grande variedade de cursos, muitos deles de extensão, ofertados gratuitamente à comunidade:



Chegamos finalmente à rua principal, a Hana Street:









Depois dessa caminhada, fomos a um supermercado enorme, onde tudo que se vende é grande: suco? embalagem de dois litros! Pão? 1 quilo! Alface? Um pé faz salada por uma semana! E assim por diante... Nós, que não somos consumistas, tivemos dificuldade para fazer compras em pequena quantidade!

Aliás, depois de quase uma semana na Austrália, ainda não sabemos o que é a comida australiana, mas já comemos comida coreana, indiana, japonesa, tailandesa, chinesa e da Cingapura (s ou c? ficamos na dúvida. E qual é o adjetivo pátrio de Cingapura? quem sabe?) Começamos a pensar que a comida australiana é mesmo, no final das contas, asiática!

É preciso ter cuidado para atravessar as ruas, temos que olhar sempre para a direita e não a esquerda, como no Brasil. O mesmo cuidado na hora de pilotar carrinhos de supermercado: temos que ficar à esquerda, na famosa mão inglesa!

Outra peculiaridade: no restaurante, você primeiro paga e pega um número, que leva para a mesa, onde aguarda ser servido. Não tem essa de chamar o garçom ou garçonete, tudo tem que ser pedido no balcão.

Tabela de preços:
Cerveja: AU$ 7,00
Café expresso: AU$ 3,40
Prato indiano: AU$ 15,00
Salada: AU$ 13,00

É isso. Amanhã exploraremos o lado oposto da cidade. Aguardem!

A rua e a casa da Tchuca

Mais uma fria manhã de céu muito azul em Kalgoorlie, típica de lugares de clima seco.

Saímos para conhecer a vizinhança, mas antes de mostrar nossas descobertas, queremos mostrar como é a chegada da casa em que a Tchuca mora.

Primeiro, o portão que dá para a rua:


Depois, o jardim:


Por fim, a porta de entrada:
Ontem foi dia de mimar a Tchuca. Jantar, jogo no Wii, até spa dos pés ela ganhou:

Êta garota mimada, gente!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Estamos com a Tchuca!!!

Ontem, a chegada a Kalgoorlie foi demais! Tchuca nos esperava no aeroporto e ficamos os três abraçados um tempão!

Estava frio e viemos rápido para a casa dela. Uma casinha muito simpática, de tijolinho, de bom tamanho. Já estamos acomodados.

Hoje teve jantar. Arroz com lentilha, salada de duas cores de alface + tomate e filé de frango. Tudo com sabor diferente, porque aqui não se encontram os mesmos temperos. Mesmo assim, acho que tava gostoso, porque a Tchuca comeu até!

Depois do jantar, todo mundo de cara feliz, fizemos esta foto:

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O clima aqui está frio e seco. Aliás, vocês sabiam que a Austrália é o continente mais seco do mundo? Amanhã vamos mostrar fotos da cidade e da casa da Tchuca, para vocês terem uma idéia de como é a vida aqui.